Uma história do Samba

Neste capítulo se encontra uma introdução à historia do Samba alias do seu gênero musical. Primeiro tem que saber, que o momento inicial do Samba não é muito bem conhecido ou profundamente documentado,[1] mas existem algumas teorias e traços históricos, que transmitem uma ideia das raízes do Samba e contam partes principais da sua história.

As origens do Samba

Sem dúvida, o Carnaval do Rio de Janeiro e o seu Samba encontra suas origens numa mistura de tradições africanas com raizes europeias.[1]O próprio termo Samba vem da cultura africana, provavelmente angolana: Na idioma Kimbundu, a palavra semba significa o toque de umbigo (Umbigada). A Umbigada, hoje conhecido pelo Samba de Roda da Bahia significou um convite para entrar no centro da roda em diferentes danças africanas já à muito tempo atrás.[2] Hoje em dia, o Samba Carioca se monta numa parte importante de elementos africanos, que chegaram no Brasil no século 19 – no período de colonialismo. Nesta época chegaram muitos africanos do origem de Angola e das regiões das línguas Bantu no o Recôncavo baiano. Mas também entraram elementos musicais de danças profanes europeias, tais como Lundu, Polka e Maxixe, que foram levado para o Brasil desde o Portugal, onde já foram bastante praticados e popular durante o século 18 º.

Como começou a história do Samba?

Um novo tipo do Samba nasce no Rio

No início de vigésima século, o Samba Carioca do Carnaval – que é conhecido como o famoso Samba Enredo das Escolas de Samba hoje em dia, começou a sua evolução em um proprio gênero musical. Iniciou a progredir mo meio de diversos eventos e intermediários no Rio de Janeiro. Depois da abolição da escravatura no Brasil em 1888, muitas plantações e fazendas de tabaco, cacau e açúcar na Bahia ficaram economicamente efetuadas e se encontraram próximo da ruína financeira. Por aqui começou a primeira Parte da história do Samba carioca. O maior parte dos trabalhadores afro-brasileiros então chegou mudar-se para os grandes centros e cidades como o Rio de Janeiro. Eles deixaram a Bahia e foram morar no Rio, que nesta época cresceu e floresceu muitíssimo e chegou a viver o seu tempo dourado.

O Samba de Raíz

É por aqui que começa a história do Samba no Rio mesmo: Os migrantes que chegaram no Rio se reuniram numa alta quantidade nas áreas do Centro e do porto do Rio – principalmente no Barrio da Portuária e da Praça Onze, onde eles encontraram trabalhos como vendedores de doces ou empregadas. Esta Zona ficou conhecido sob o nome de Pequena África.[1]Além do Centro, os migrantes baianos eles ocuparam as áreas da montanha, que ficaram pertinho do Barrio onde trabalharam e então se estabeleceram nos morros. Ao chegar da Bahia, naturalmente trouxeram um numero de tradições musicais de suas terras africanas e começaram a reunir se nas casas das velhas tias baianas para tocar suas músicas de repertório do Samba da raiz, dançar Samba de Roda. 

Rituais do Candomblé

Mas no primeiro lugar, estes reuniões deixaram espaço para praticar os antigos rituais do Candomblé, a fé do origem africano, para rezar juntos e chamar os Orixás nas cerimonias religiosas que era fundamental para a progressão da história do Samba.[1] Até hoje em dia, as casas das tias são consideradas com verdadeiro berço do Samba e a origem baiana tanto que as  velhas tias da Bahia são homenageadas todo ano pela obrigatória ala das Baianas das Escolas de Samba, tanto que pela cerimônia importante da Lavagem da Sapucaí.[2]

O Samba de Roda das Baianas: Homenageado até hoje em dia para a Ala das Baianas

A história do Samba: Tia Ciata

Sem dúvida – o lugar mais famoso e importante dessas reuniões era a casa da Tia Ciata de Oxum (Hilaria Batista de Almeida, 1854-1924).[1] Ela nasceu em Salvador da Bahia,[2] e já se mudou muito jovem para o Rio de Janeiro, onde ela começou a trabalhar como fabricante e vendedora de doces.

Mae dos Santos em Santo Amaro: O herdeiro do Candomblé e das raízes africanas

Pelos terreiros

A sua casa se transformou num lugar importante para os encontros e se tornou conhecido pelas ceremonias do Candomblé rapidamente. Como todas as atividades e práticas do Candomblé foram rigorosamente proibidas pelas autoridades católicas da cidade nessa época,[3] todos os rituais tivem que realizar se secretamente pelos terreiros no fundo de quintal, enquanto a gente praticou as danças profanes europeias na parte da entrada.

No fundo de quintal

Por causa da proibição de praticas do Candomblé pelas autoridades católicas portuguesas, os afro-brasileiros inventaram novos métodos para praticar sua fé: Cada um dos Orixás recebeu um equivalente dos Santos católicos. Por exemplo: Rezas para São Jorge se direcionaram secretamente a Oxóssi, as para Jesus a Oxalá ou estas para a virgem Maria a Yemanjá.

Os terreiros no fundo de quintal: Espaço para rezar e locais importantes na história do Samba
Os Santos do Candomblé – Os Santos católicos

A geração talentosa de Pixinguinha

Já nas primeiras décadas do século 20 se reuniram vários músicos e compositores talentososo e importantes na casa dela, que fazem parte dos idolos do Samba até o presente.[1] Entre eles: Ismael Silva, Pixinguinha, Donga e João da Baiana, que fizeram parte dos fundadores não só do Samba Carioca mas tambem das Escolas.[2]

Os oito Batutas, Banda do Pixinguinha

Durante dessas reuniões houve um desenvolvimento, uma mistura de elementos musicais africanos do Samba de Raiz, Samba de Roda e do Candomblé com européias – tais como LunduHabaneraPolcaMarchaMaxixe – um tipo de dança de salão de baile, ritmicamente influenciada pelos gêneros musicais de TangoHabanera

Pixinguinha. Memorial do músico no Centro do Rio
Pixinguinha e os famosos oito batutas, fotografia historica

História e características do Samba

No final dessa evolução e união de elementos se criou a primeira forma de Samba Enredo,[1] que já neste mesmo momento incluiu diferentes caraterísticas musicais, que marcam sua cara musical e a sua estrutura até hoje: Entre eles, a estrutura de alternação entre versos e Refrão,[2] o acompanhamento harmónico pelo Cavaquinho e Violão,[3] a marcação, as linhas sincopadas de melodia[4] e os típicos instrumentos e padrões percussivos de raiz africana, que se encontram ate hoje em dia na linha rítmica (poly-rítmica), performado pela Bateria de Surdos, Tamborins, Caixas, Repiques, Chocalhos, Agogôs e Cuícas.[5] Naturalmente, a construção complexa dos ritmos da Bateria pode ser acompanhado pelos bate palmas e fez parte de todos os momentos da história do Samba.[6]


[1] compara: Chris McGowan und Ricardo Pessanha: The Brazilian Sound. Samba, Bossa Nova und die Klänge Brasiliens, p. 32

[2] compara: p. 32.

[3] compara: p. 32.

[4] compara: Suzel Ana Reily: „Brazil: Central and Southern Areas”, in: The Garland Handbook of Latin American Music, p. 334.

[5] compara: Bryan McCann: Hello, Hello Brazil. Popular Music in the Making of Modern Brazil, Durham 2004, p. 48.

[6] compara: Chris McGowan und Ricardo Pessanha: The Brazilian Sound. Samba, Bossa Nova und die Klänge Brasiliens, p. 32.


[1] Fabiana Lopes da Cunha: Da marginalidade ao estrelato. O Samba na Construçao da Nacionalidade, São Paulo 2004, p. 75.

[2] um dos fundadores da primeira escola de samba – Deixa falar, compara: Maria Thereza Mello Soares: São Ismael do Estácio, O Sambista que foi Rei, Rio de Janero 1985.   


[1] compara: Chris McGowan und Ricardo Pessanha: The Brazilian Sound. Samba, Bossa Nova und die Klänge Brasiliens, p. 32.

[2] compara: Helena Theodoro: Guerreiras Do Samba. (= Textos escolhidos de cultura e arte populares, Vol. 6, No. 1), Rio de Janeiro 2009, p. 224, 227.

[3] compara: Chris McGowan und Ricardo Pessanha: The Brazilian Sound. Samba, Bossa Nova und die Klänge Brasiliens, S. 32.


[1] compara: Chris McGowan und Ricardo Pessanha: The Brazilian Sound. Samba, Bossa Nova und die Klänge Brasiliens, p. 30.

[1] compara: Carlos Sandroni: „Samba Carioca e Identidade Brasileira”, in: Raízes músicais do Brasil, hrsg. von Dominique Dreyfus, Rio de Janeiro 2005, p. 25-26.

[2] compara: Chris McGowan und Ricardo Pessanha: The Brazilian Sound. Samba, Bossa Nova und die Klänge Brasiliens, p. 32.


[1] compara: Suzel Ana Reily: „Brazil: Central and Southern Areas”, in: The Garland Handbook of Latin American Music, hrsg. von Dale O. Olsen e Daniel E. Sheehy, London 22008, p. 331.

[2] compara: Tiago de Oliveira Pinto: Art. „Samba“, in: MGG2, Sachteil Bd. 8, Kassel u.a. 1998, col. 887.


[1] compara: Chris McGowan und Ricardo Pessanha: The Brazilian Sound. Samba, Bossa Nova und die Klänge Brasiliens, p. 30.